{"id":278,"date":"2020-07-17T17:13:47","date_gmt":"2020-07-17T20:13:47","guid":{"rendered":"https:\/\/jornalvivavoz.com\/?p=278"},"modified":"2020-07-17T17:28:07","modified_gmt":"2020-07-17T20:28:07","slug":"pandemia-foi-responsavel-pelo-fechamento-de-522-mil-empresas-na-primeira-quinzena-de-junho","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/jornalvivavoz.com\/pandemia-foi-responsavel-pelo-fechamento-de-522-mil-empresas-na-primeira-quinzena-de-junho\/","title":{"rendered":"Pandemia foi respons\u00e1vel pelo fechamento de 522 mil empresas na primeira quinzena de junho"},"content":{"rendered":"

Entre os neg\u00f3cios fechados pela atual crise, 518,4 mil eram de pequeno porte e tinham at\u00e9 49 empregados<\/em><\/p>\n

A pandemia do novo coronav\u00edrus foi respons\u00e1vel pelo fechamento de 522,7 mil empresas no pa\u00eds na primeira quinzena de junho – quase 40% dos 1,3 milh\u00e3o de estabelecimentos que estavam fechados nesse per\u00edodo, fosse temporariamente ou definitivamente. Os dados s\u00e3o da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estat\u00edsticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE).<\/p>\n

Entre as empresas fechadas pela pandemia, 518,4 mil (99,2%) eram de pequeno porte, ou seja, tinham at\u00e9 49 empregados. Outras 4,1 mil tinham porte intermedi\u00e1rio, de 50 a 499 empregados, e 110 eram grandes empresas, possu\u00edam mais de 500 empregados.<\/p>\n

Ainda entre as empresas com atividades encerradas por causa da pandemia, 258,5 mil (49,5%) delas eram do setor de Servi\u00e7os, 192 mil (36,7%) do Com\u00e9rcio, 38,4 mil (7,4%) da Constru\u00e7\u00e3o e 33,7 mil (6,4%) da Ind\u00fastria.<\/p>\n

Na primeira quinzena de junho, o pa\u00eds tinha cerca de 4 milh\u00f5es de empresas, sendo 2,7 milh\u00f5es (67,4%) em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15,0%) fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo.<\/p>\n

O coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Fl\u00e1vio Magheli, lembrou que a pandemia foi determinante no encerramento tempor\u00e1rio ou definitivo das atividades de companhias m\u00e9dias (mencionada por 74,3% delas como justificativa para o fechamento) e grandes empresas (citada por 100% dos estabelecimentos fechados). No entanto, a maioria das pequenas empresas fechadas j\u00e1 enfrentava problemas antes da chegada da covid-19: 60,2% dos estabelecimentos de pequeno porte relataram que n\u00e3o houve qualquer influ\u00eancia da pandemia para o encerramento das atividades.<\/p>\n

\u201cO que surpreende, mas muitas das empresas pequenas j\u00e1 vinham com dificuldades antes da crise\u201d<\/em>, contou Magheli. Entre as que encerraram definitivamente suas atividades, independentemente do motivo, 715,1 mil ou 99,8% eram de pequeno porte, e 1,2 mil eram m\u00e9dias empresas. Nenhuma grande empresa encerrou definitivamente suas atividades.<\/p>\n

Os Servi\u00e7os tiveram a maior propor\u00e7\u00e3o de empresas encerradas em definitivo, 46,7% ou 334,3 mil, seguido por Com\u00e9rcio (36,5% ou 261,6 mil), Constru\u00e7\u00e3o (9,6% ou 68,7 mil) e Ind\u00fastria (7,2% ou 51,7 mil).<\/p>\n

Das 2,744 milh\u00f5es de empresas em funcionamento na primeira quinzena de junho, 70% informaram que a pandemia impactou negativamente os neg\u00f3cios. Apenas 16,2% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente, enquanto 13,6% relataram um impacto positivo.<\/p>\n

Embora os governos das diferentes esferas (federal, estadual e municipal) tenham anunciado uma s\u00e9rie de medidas emergenciais em combate \u00e0 pandemia do novo coronav\u00edrus, a maioria das empresas que adotaram alguma a\u00e7\u00e3o em resposta \u00e0 covid-19 n\u00e3o percebeu o apoio governamental. Entre as que estavam funcionando, 2,674 milh\u00f5es disseram ter adotado alguma medida em rea\u00e7\u00e3o \u00e0 pandemia, mas menos de um ter\u00e7o delas (889.455 empresas) percebeu o apoio do governo em menos uma dessas a\u00e7\u00f5es. Outras 1,855 milh\u00e3o tomaram medidas alegadamente sem qualquer apoio.<\/p>\n

O diretor de Pesquisas do IBGE, Eduardo Rios-Neto, lembra que a principal medida tomada foi a realiza\u00e7\u00e3o de campanhas de informa\u00e7\u00e3o e preven\u00e7\u00e3o ou ado\u00e7\u00e3o de medidas extras de higiene (mencionada por 91,1% das empresas em atividade), o que n\u00e3o teria necessariamente rela\u00e7\u00e3o com governos.<\/p>\n

No entanto, a percep\u00e7\u00e3o sobre o apoio governamental n\u00e3o foi universal mesmo entre as que aderiram a a\u00e7\u00f5es de socorro como concess\u00e3o de cr\u00e9dito para pagamento da folha salarial de empregados e adiamento do pagamento de impostos.<\/p>\n

O IBGE estima que 1,221 milh\u00e3o de empresas adiaram o pagamento de impostos, mas 587 mil delas (48,1%) declararam que o fizeram sem apoio governamental. Das 347,8 mil empresas que conseguiram uma linha de cr\u00e9dito emergencial para pagamento da folha salarial, 112,5 mil (32,3%) manifestaram que n\u00e3o tiveram apoio do governo nessa a\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Segundo Alessandro Pinheiro, coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE, a ado\u00e7\u00e3o massiva de medidas de preven\u00e7\u00e3o \u00e0 covid-19 pelas empresas \u00e9 importante, mas essas a\u00e7\u00f5es demandam menor esfor\u00e7o das companhias para concretiz\u00e1-las. Ele ressalta que foi menor, por\u00e9m expressiva, a fatia de empresas que lan\u00e7aram ou passaram a vender novos produtos e servi\u00e7os (20,1% das que tomaram alguma medida em rea\u00e7\u00e3o \u00e0 pandemia) e que alteraram m\u00e9todo de entrega de produtos e servi\u00e7os, incluindo a mudan\u00e7a para o online (32,9%).<\/p>\n

“Tem a ver com uma rea\u00e7\u00e3o mais criativa da empresa, que tem a ver com mais investimento”<\/em>, disse Pinheiro. “\u00c9 mais pr\u00f3-ativa, uma busca de alternativas e oportunidades para atenuar a queda na receita”<\/em>, completou.<\/p>\n

Queda nas vendas<\/strong><\/p>\n

O pesquisador do IBGE apontou que a queda nas vendas de produtos e servi\u00e7os foi o efeito mais marcadamente mencionado como negativo em decorr\u00eancia da pandemia.<\/p>\n

“Isso \u00e9 normal. Porque houve impacto da demanda”<\/em>, disse Pinheiro. “O choque se deu mais rapidamente pela demanda, por conta disso esse impacto nas vendas foi o mais negativo mencionado na pesquisa”<\/em>, acrescentou.<\/p>\n

A queda nas vendas ou servi\u00e7os comercializados em decorr\u00eancia da pandemia foi sentida por 70,7% das empresas em funcionamento na primeira quinzena de junho em rela\u00e7\u00e3o a mar\u00e7o, quando come\u00e7aram as medidas de isolamento para combater a dissemina\u00e7\u00e3o do novo coronav\u00edrus. Ao mesmo tempo, 17,9% disseram que o efeito da pandemia foi pequeno ou inexistente sobre as vendas, e outros 10,6% afirmaram que perceberam um aumento nas vendas com a covid-19.<\/p>\n

Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 produ\u00e7\u00e3o, 63,0% das empresas enfrentaram dificuldade de fabricar produtos ou atender clientes, e 60,8% relataram empecilhos no acesso a fornecedores. Sobre o caixa, 63,7% apontaram que tiveram dificuldades para realizar pagamentos de rotina.<\/p>\n

Mais da metade das empresas em funcionamento na primeira quinzena de junho n\u00e3o diminuiu o quadro de funcion\u00e1rios em rela\u00e7\u00e3o ao in\u00edcio de mar\u00e7o, quando se agravou a pandemia do novo coronav\u00edrus no Brasil. Segundo a pesquisa, 61,2% das empresas em funcionamento mantiveram o n\u00famero de funcion\u00e1rios em compara\u00e7\u00e3o ao in\u00edcio de mar\u00e7o. No entanto, 34,6% enxugaram o quadro de trabalhadores, enquanto apenas 3,8% aumentaram o total de empregados.<\/p>\n

Entre as 948,8 mil empresas que reduziram a quantidade de funcion\u00e1rios, 37,6% diminu\u00edram em at\u00e9 25% o quadro de pessoal; 32,4% dessas empresas cortaram mais de um quarto at\u00e9 metade do total de funcion\u00e1rios, e 29,7% dos estabelecimentos demitiram mais da metade dos funcion\u00e1rios.<\/p>\n

Por Estad\u00e3o (Rio)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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